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128 itens encontrados para ""

  • Começa hoje mais uma festa que celebra a literatura feita na Amazônia

    Festa Literária de Santarém vai até domingo (03/12) com programação diversificada e concessão de CredLivro no valor de R$200 O Centro de Convenções Sebastião Tapajós, em Santarém (PA), abre suas portas para a Festa Literária de Santarém que se inicia hoje e vai até o próximo domingo (03/12). Todos os dias, a programação vai das 9h às 21h, com estandes para venda de livros; espaço próprio para lançamentos de obras com autógrafos dos escritores; atrações culturais e rodas de conversa, além de apresentações de projetos escolares locais. Dando continuidade à prática já realizada em feiras anteriores, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) irá disponibilizar um crédito no valor de R$ 200 para 1.900 servidores efetivos da rede estadual adquirirem livros durante a Festa. Os recursos serão repassados pelo Programa CredLivro, que este ano tem investimento de R$ 4,6 milhões, do governo do Pará, por meio da Seduc. Outra experiência que já se mostrou bem sucedida em outros eventos literários e que também será seguido em Santarém é o conceito de multivozes incluindo, em toda a programação, as vozes dos homenageados e do escritor paraense; as vozes da diversidade, da inclusão e da baixada; as vozes da infância e da cultura de paz; as vozes da democracia e do clima e as vozes do Baixo Amazonas. O evento é resultado da política de descentralização das ações de fomento ao livro e leitura, em parceria com as prefeituras, e como extensão das ações da 26ª Feira Pan-Amazônica do Livro. O objetivo é a valorização da produção literária regional, para além das vendas de livros. Deste modo, diversos nomes de Santarém e região farão parte da programação em todos os dias da Festa Literária. Confira abaixo a programação completa:

  • Virando o Zezeu na Flip 2023

    A "euquipe" d'O Zezeu acompanhou a escritora Lulih Rojanski na 21ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty e também tentou registrar a maioria das coisas bacanas que rolaram por lá... Sim, nós tentamos. Mas não é fácil uma revista eletrônica independente cobrir um evento com a magnitude e complexidade que da Flip. E como não estamos aqui para chorar pitangas, vamos falar de tudo aquilo que, na medida do possível, deu para registrar. Paraty foi fundada há 356 anos, em 1667, e hoje possui cerca de 44 mil habitantes, de acordo com o censo do IBGE de 2021. Só que essa população praticamente duplica ou até triplica durante a Flip que, este ano, realizou sua 21ª edição. E como disse a escritora Adriana Vieira Lomar (vencedora do Prêmio Kindle 2022) em uma das mesas temáticas da programação paralela, a Flip é uma imensa bolha - no sentido de que o evento se concentra no centro histórico; é uma festa turística; mas todo o resto da cidade parece que não sabe nada de nada sobre o que acontece ali. Os moradores tocam a vida normal e a sensação que dá realmente é de que só quem se importa com o evento é quem vem para o evento. Tanto que a maioria das pessoas não fala "eu vou/vim pra Paraty", falam "eu vou/vim pra Flip". E isso, em princípio, pode parecer que não importa; mas faz muita diferença. Porque, mesmo superaquecendo a economia do município, nem a prefeitura de Paraty, nem o governo do estado do Rio de Janeiro parece que dão muita bola para o evento, fazendo com que a cidade não tenha a estrutura adequada para receber um contigente de turistas como o que vai para a Flip. A cidade quase não tem Uber, 99 ou outros aplicativos. Os poucos carros de aplicativo que circulam só atendem pela Uber _ sério, se muito tiver são uns 10, no máximo _ e, pasmem, a maioria não obedece a tarifa do aplicativo se o destino for para onde eles consideram longe. Geralmente, eles negociam o valor da corrida "por fora", assim como os táxis, que não cobram por bandeirada, mas por uma "tabela fixa" (imaginária), ou seja, cobram o que quiserem. Outra prova da falta de estrutura foi a falta de energia que apagou toda a cidade no segundo dia da festa. Claro que a programação principal não foi afetada, pois as três tendas principais _ o auditório principal, o auditório da praça e a tenda da livraria/auditório da quadra _ eram equipadas com geradores. Mas até os banheiros químicos foram afetados com a falta de energia. Energia que faltou graças a um raio que caiu durante uma chuva. E a chuva foi outro problema, pois todos os anos a Flip acontecia no mês de julho. Mas este ano, devido a atrasos na liberação dos recursos federais, resolveram mudar a data para novembro, época em que, segundo os moradores, é de chuva. E, com isso, quase que a Flip escorre pelo ralo. Este ano, a aposta dos organizadores foi na diversidade _ de gênero (sexual e literário) e raça. A programação oficial homenageou a jornalista, dramaturga, poeta, tradutora, cartunista e crítica cultural Patrícia Galvão, a Pagu. E todas as mesas temáticas giraram em torno de sua obra. Dos chamados "medalhões", os grandes nomes conhecidos pela mídia, destacaram-se apenas o Itamar Vieira Júnior, autor do premiadíssimo Torto Arado e Manuela D'ávila, jornalista, política e criadora do Instituto E Se Fosse Você, voltado ao combate da desinformação e das redes de ódio. Os demais, apesar de seus trabalhos relevantes não eram figuras assim tão conhecidas do grande público. Isso fez com que a programação principal, no fim das contas, fosse chata e maçante... O bom da Flip 2023 mesmo foram as mais de 40 programações paralelas. Estas sim, trouxeram queridinhos da mídia tais como, o jornalista Xico Sá; o apresentador e comediante Fábio Porchat; a atriz Andréa Beltrão; as psicanalistas Ana Suy, Maria Homem e Vera Iaconelli; o neurocientista Sidarta Ribeiro; a escritora Conceição Evaristo; a professora Rita Von Hunt e o deputado federal André Janones. Mas ainda assim, o maior destaque dessa programação paralela ficou a cargo das editoras independentes que se organizaram em casas para apresentar seus livros e autores que estão começando a aparecer no mercado editorial e nos grandes prêmios literários que acontecem de norte a sul do Brasil. É o caso, por exemplo, da Casa Gueto, que reuniu 25 editoras independentes e realizou diversos lançamentos, incluindo as coletâneas Antologia Casa Gueto - Homenagem à Tula Pilar e Imagens de Coragem, ambas pela Editora Patuá e que trazem, entre outros, textos da escritora Lulih Rojanski. Falando nela, Lulih participou dos lançamentos das duas coletâneas e também fez o lançamento individual de seu primeiro romance Feras Soltas, publicado em agosto também pela Patuá. Agora, é esperar a próxima Flip que, segundo os organizadores já anunciaram, em 2024 será realizada em setembro, voltando, finalmente ao período normal (julho) apenas em 2025. Esperamos que até lá as coisas melhorem em todos os aspectos. Os números da Flip 2023: Espaços parceiros: 44 Taxa de ocupação das pousadas: 84% Estimativa de pessoas em Paraty: 27 mil pessoas Pousadas parceiras: 86 Editoras parceiras: 14 Embaixadas e consulados: 3 Praça aberta: 17 espaços Número de acessos no Youtube até o momento: 24.057 Recurso aprovado na Lei Rouanet = R$ 9,1 milhões Recurso captado via Lei Rouanet até o momento = R$ 5 milhões Outras captações até o momento = R$ 4 milhões Custo da 21ª Flip = R$ 10 milhões

  • 25 anos depois, "O Benzedor de Espingarda" ganha 2ª edição.

    Radicado no Amapá há mais de 40 anos, o maranhense de Vitória do Mearim, Paulo Tarso Barros nasceu e viveu uma infância e adolescência de sonhos, fantasias, brincadeiras e aprendizados de garoto ribeirinho, capturando em sua subjetividade o linguajar dos caboclos e transformando tudo isso em sua arte literária. "É isso que me gratifica e recompensa por dar sobrevida a essas personagens, meus irmãos, da mesma terra, das mesmas águas, de um pedaço do Brasil pródigo em cultura e de belos falares – pois foi ouvindo esses caboclos de linguajar tão rico e melódico, durante os muitos anos de convivência, que comecei a idealizar esta obra para contar um pouquinho de suas histórias", afirma o escritor que, dentre os vários prêmios e honrarias, hoje ostenta o título de Imortal da Academia Amapaense de Letras, ocupando a cadeira 31, cujo patrono é Paul Ledoux e o fundador, José de Alencar Feijó Benevides. E deste universo lúdico, surgiu, em 1998, o livro O Benzador de Espingarda, que reúne textos escritos entre os anos 70 e 80, incluindo textos publicados em antologias de contos, através de premiações em concursos literários e outros tantos publicados em Jornais de Macapá (AP). Agora, 25 anos depois, O Benzador de Espingarda ganha uma segunda edição revisada que será lançada no próximo dia 04 de dezembro, às 18:30h, no SESC Centro (Macapá-AP). "Ao reeditar esta coletânea, abro uma exceção para comentar e comemorar. No transcurso desse tempo alguns contos foram excluídos, para diminuir o custo ou porque eu não mais via sentido em torná-los públicos", lembrou Paulo. O escritor, que muitas vezes pensou em desistir e destruir os originais da obra, traz agora um livro renovado, ilustrado com as xilogravuras do artista plástico Airton Marinho, primo e vizinho do menino Paulo, lá em Vitória do Mearim. Airton Marinho conheceu quase todas as personagens que são apresentadas neste livro e que inspiraram as histórias – e por isso soube enriquecer o texto que amorosamente escrevi e reescrevi tantas vezes, saboreando cada momento de convivência com essas criaturas que, ao transmudarem-se para o meu universo literário, adquiriram a dimensão mágica dos seres imortais, que vão ressurgir a cada novo leitor", conclui o escritor. Serviço: Sessão de autógrafos da 2ª edição do livro de contos O Benzedor de Espingarda. Data: 04 de dezembro de 2023. Horário: 18:30h Local: SESC Centro (Macapá-AP) Vendas antecipadas pelo PIX: 14646633272 (CPF) Mais informações: (96) 99197-0017 (Cecília Lobo) Sobre o autor: Acesse o perfil de Paulo Tarso Barros aqui mesmo no Zezeu: https://www.ozezeu.com/paulo-tarso-barros

  • Professor da Unifap lança livro de poemas

    Poeta e professor, Mathias de Alencar lança seu mais novo livro Ninguém há de doar-se a dois amores (ou Julieta) No próximo dia 02 de dezembro, às 18h, a livraria Leitura, no Shopping Garden (Macapá), abre suas portas para o lançamento do livro de poemas Ninguém há de doar-se a dois amores (ou Julieta), do poeta Mathias de Alencar. Mathias é doutor em Lógica e Metafísica pela UFRJ, professor de Filosofia e Redação. Teve desde muito novo o interesse voltado para a escrita e os livros, ganhando já à época do Ensino Médio dois concursos literários. Tem ainda como área de estudos a relação entre filosofia e poesia, em sua dinâmica de formação da vida pessoal e da convivência social, na Grécia Antiga e nos dias atuais. Mantém atualizado três blogs diferentes, onde escreve poesias, contos, resenhas e textos diversos, além de conteúdo para suas aulas de Redação e de Filosofia. Com uma vastíssima produção científica e didática nas áreas de filosofia e redação, Mathias é também autor de outros dois livros, um de poemas, Poemalimpo (2015) e o romance Filosofia de Mulher (2015). Em Ninguém há de doar-se a dois amores (ou Julieta), Mathias traz uma poética dualista sobre paixão e repressão dividida em três atos, numa releitura contemporânea do clássico Romeu e Julieta, de Shakespeare. É como o próprio autor adverte: "Estes versos dão testemunho de uma agonia até então insuspeita com a leitura da cena final da tragédia dos jovens veronenses, renovada pela minha segunda paternidade". Para o lançamento de Julieta, o autor promete uma noite repleta de muita música, voz, versos e abraços, com participações de Haian Chandra, Tiago Quingosta, Soraia Britto, Kássia Modesto, Stephany Matos e Bárbara Primavera. Instagram: @mathuasdealencar

  • Mulherio das Letras Indígenas está entre os finalistas do Prêmio Jabuti 2023

    Álbum Guerreiras da Ancestralidade concorre na categoria Fomento à Leitura e traz poemas de escritora indígena amapaense. Foi divulgada nesta terça-feira (21/11), pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), organizadora do Prêmio Jabuti, um dos mais importantes prêmios literários da língua portuguesa, a lista dos finalistas da sua 65ª edição. O resultado final com os vencedores das 21 categorias será anunciado no dia 05 de dezembro em uma cerimônia realizada no Theatro Municipal de São Paulo. Este ano, dentre os 5 finalistas da categoria Fomento à Leitura, destaca-se um trabalho importantíssimo para a produção da literatura de origem indígena no Brasil, o livro Álbum Biográfico Guerreiras da Ancestralidade do Mulherio das Letras Indígenas (org. Evanir de Oliveira Pinheiro). Na entrevista a seguir, conversamos com a escritora amapaense Cláudia Flor D'Maria, que tem dois poemas inseridos no Álbum Guerreiras da Ancestralidade, que vai falar um pouco sobre o projeto do Álbum, seus poemas e a importância da indicação ao Jabuti para a literatura indígena no Brasil. Entrevista O Zezeu: Parabéns pela indicação ao Prêmio Jabuti 2023, Cláudia. É uma honra conversar com você sobre o livro Álbum Biográfico Guerreiras da Ancestralidade e seus poemas. Como surgiu a ideia/convite de participar do livro organizado pelo Mulherio das Letras Indígenas? Cláudia Flor D'Maria: O Coletivo Mulherio das Letras Indígenas é composto por mulheres indígenas de todo território brasileiro, que vivem em contexto aldeado ou urbano. Nossa liderança e fundadora é Eva Potiguara-RN escritora, poeta e professora doutora em educação. Eu passei a integrar o Mulherio a convite da parenta Bruna Karipuna. Ela também faz parte do Álbum, assim como a Lúcia Tucuju. A ideia do Álbum Biográfico Guerreiras da Ancestralidade nasceu do desejo de mostrar para sociedade brasileira, que as mulheres indígenas, também produzem literatura escrita além da oral. E que nossa literatura é potência, força e que veio para descolonizar a escrita de nossos narrativas indígenas, pois ela está livre das amarras do colonizador, dos cânones clássicos,  uma vez que nela o leitor encontrará resistência, coragem, vida, mas também a dor por termos nossos territórios devastados e invadidos, por garimpeiros e outros  empreendimentos que prejudicam a população local, ou seja, a luta de nossos povos pela preservação e proteção de  nossa mãe terra, com também  por  reconhecimento  de nós, povos indígenas como filhos da terra e primeiros moradores desse território brasileiro. Tudo isso está  presente na nossa escrita. Portanto, nossa escrita é regada à preservação dos saberes culturais de nossos povos, à busca pelos nossos direitos à cidadania e a proteção da mãe terra. Uma vez que é dever de todos nós sermos guardiões de nosso lar, o planeta terra.  Todos precisamos ter essa consciência urgentemente. O planeta está doente e quem o adoeceu fomos nós, os humanos. As alterações climáticas estão aí para provar que temos que cuidar melhor da terra, ela precisa ser curada. O Zezeu: Quais são os dois poemas que você tem inseridos na obra e qual é o tema de cada um deles? Cláudia Flor D'Maria: No Álbum tenho 2 poemas: Substrato das Flores, cujo tema é a terra,  as cores da terra e, claro, o substrato da floresta que também a compõe. E Castanheira, que traz o tema da nossa cosmologia indígena e a o leite da castanheira que nos nutre, nos alimenta. O Zezeu: Como foi o processo de escrita e revisão dos seus poemas? Você teve alguma inspiração ou referência literária? Cláudia Flor D'Maria: Substrato das Flores é inspirado na Amazônia, nas cores da terra. Na composição da Amazônia, nas margens dos igarapés, nas cores das  terras  e nas suas águas, pois são nos igarapés que vemos a vida, nas águas e as cores, a terra em seus barrancos. É lindo ver as raízes das árvores abraçando a terra para não caírem nas águas. Mas quando a terra cai é para cair nos braços do igarapé para deitar no corpo do igarapé. E isso é lindo demais. Os substratos da floresta e de nosso povo indígena, ribeirinho e povos da floresta estão aqui na nossa Amazônia, assim como nossas dores de viver lutando para preservar a Amazônia e viver na Amazônia. Quando escrevi Substratos das Flores eu usei as cores da Terra  também para dizer que somos povos diferentes, mas todos somos um só povo, uma só nação: A Amazônia. Cantar e louvar a minha aldeia é uma de minhas maiores alegrias. Sou grata aos meus ancestrais indígenas e ribeirinhos, por ser quem eu sou: Uma mulher Indígena Itaquera/PA e Tucuju/AP, porque nasci neste solo onde os espíritos de meus ancestrais descansam. Por isso essa terra é sagrada. Eu sempre honraria as vidas de todos os meus parentes indígenas, que deram a vida para eu e muitos outros estarem aqui pisando e vivendo neste solo chamado Amapá. E isso nunca pode ser esquecido. Os tucujus vivem em nós. Agora, eu lanço uma pergunta ao leitores da revista, mas em especial para os universitários/pesquisadores: Vocês acham mesmo que nenhum tucuju, sobreviveu aos ataques? É claro que tivemos sobreviventes! Sempre há. Resistir é uma das coisas que aprendemos muito cedo. Parta dessa hipótese. E comece a pesquisa. Ou vocês acham que muitos não fugiram em razão dos ataques para outras aldeias e formaram novas aldeias ou se integraram a outros povos indígenas ou não indígenas?  Eis uma pesquisa que os acadêmicos devem fazer e as universidades devem e podem fazer. Não colaborem mais com o processo de apagamento e silenciamento, que a própria academia e o colonizador nos impuseram e nos impõem até hoje. Todos os povos indígenas que aqui estão Tucuju, Palikur, Karipuna, Wajãpi, Aparai, Tiriyó,Galibi do Oiapoque, Galibi Marwono, Wayana, Zo’é, e Katxuyana são sobreviventes dos ataques coloniais. E isso jamais deve ser esquecido. É urgente que o poder público nos veja e crie políticas públicas que nos garantam permanecer na cidade, em Macapá, para prosseguirmos os nossos estudos. Sim. Nós estamos aqui. E precisamos trabalhar e estudar. Precisamos ter acesso aos nossos direitos. Hoje somos mais de 400 indígenas que saímos das aldeias e moramos na capital: Macapá. Mas infelizmente não somos vistos pelo poder público como deveríamos _ cidadãos _ para vivermos dignamente na cidade. Poucos têm a oportunidade de serem alocados em um emprego de carteira assinada. Então posso dizer que tudo isso está presente na minha escrita literária. Eu vivo em vários mundos. Esses mundos me ajudam a escrever. O contexto da Amazônia, do meu Itaquera, do meu território Amapá, da minha Macapá e do país são minha inspiração. O Ser Humano é minha inspiração. Minha gente é minha inspiração. A literatura também é denúncia. É amor. É dor. É revolta.  Afinal a literatura é uma das artes que expressa as ações e atitudes humanas, por meio da lavra da palavra. Castanheira foi inspirado na cosmologia de nossos ancestrais do povo Tefé, que vive no Médio Solimões, no Amazonas, e também na nossa irmã árvore castanheira. A castanheira que assim como a figura feminina, mulher, alimenta com o leite a sua cria, a castanheira também alimenta todos os seres animais, inclusive o humano, com o leite saboroso que vem do seu fruto. E isso é maravilhoso. É poético. É vida. O Zezeu: Como você define o seu estilo poético e quais são as características que marcam a sua voz literária? Cláudia Flor D'Maria: Agora, tu me pegaste! como falamos por essas bandas de cá da Amazônia _ . Meu estilo poético!?  Não sei definir, não! Vou deixar essa resposta para os críticos literários. Todavia, se algum dia um crítico literário me enquadrar em um estilo gostaria, que ele falasse que minha escrita pertence a vários mundos, porque eu não ando sozinha, por isso levo comigo várias vozes, dos mundos visíveis e não visíveis aos olhos humanos. Levo comigo as vozes de meus ancestrais indígenas, ribeirinhos, caboclos e também da periferia das cidades, da mulher indígena, da mulher não indígena e de tantos outros seres que se entrelaçam comigo em minhas jornadas nestes mundos, por onde caminho.  Como já mencionei anteriormente a vida, a Amazônia, o humano, o meu povo indígena e ribeirinho são minhas inspirações.  E acredito que a minha escrita reflete esses mundos. O Zezeu: Qual é a importância de valorizar e divulgar a literatura de origem indígena no Brasil, especialmente a produção das mulheres indígenas? Cláudia Flor D'Maria: Acredito que estamos vivenciando, um momento de retomada de nossos territórios indígenas não só no Brasil, mas no mundo. E quando falo de retomada de território significa dizer que não estamos reivindicando somente nossos territórios enquanto terra, nossos lares, nossas moradias nas aldeias, mas também os territórios da literatura e outros campos das artes e do trabalho. Mas a nossa retomada do território da literatura torna-se um grande marco para a literatura brasileira e para nós, povos indígenas, porque a nossa literatura já existe há mais de 523 anos, ou seja, muito antes de o colonizador invadir nossas terras, e ela foi silenciada, apagada durante todo esse tempo por esse colonizador. Mas eles esqueceram de uma coisa: nós somos pássaros e sementes, por isso voamos e nascemos seja onde for, nas condições mais adversas, porque somos resistência. Agora, as nossas narrativas, nossa cosmologia, nossos saberes culturais e nossas línguas (aquelas que sobreviveram às brutais invasões), estão presentes em nossas narrativas. Então dar visibilidade à literatura escrita por nós, indígenas é oportunizar as vozes de nossos povos a ensinar ao não indígena que podemos viver com a mãe terra e seus elementos em harmonia. Portanto, podemos cuidar uns dos outros, somos todos filhos da terra. A escrita da mulher indígena é de resistência à violência contra seus territórios, à destruição das florestas, mas também é regada do amor que nossas encantarias nos permitem sentir e viver, aos nossos cantos e as nossas crenças e pajelanças do nosso sagrado. Assim, dar visibilidade à literatura da mulher indígena é dar voz à uma ancestralidade que caminha com a mãe terra há milhares de anos: A vida. O Zezeu: Como você vê o papel do Prêmio Jabuti na promoção e reconhecimento da literatura indígena no país? Você acha que há um aumento da visibilidade e do interesse do público leitor por esse tipo de literatura? Cláudia Flor D'Maria:  O Prêmio Jabuti é, sem dúvida, muito importante para todos nós, escritores brasileiros. Todavia, para nós, escritores indígenas, têm uma conotação que vai além da simbologia de estar entre as melhores obras já publicadas no país. O evento tem um significado de liberdade da escrita e de reconhecimento e valorização de  nossos saberes culturais ancestrais indígenas pela sociedade que muitas vezes não nos vê. Infelizmente, muitos ainda têm no seu imaginário colonizado que só estamos nas aldeias, mas não, estamos na cidade buscando por melhores condições de vida para ajudar nosso povo. Somos também cidadãos e temos direito a ter acesso aos nossos direitos garantidos na Constituição: Direito à educação, saúde, moradia, educação e todos os outros. Como já mencionei anteriormente nós estamos em um momento de retomada de territórios. Logo, estamos ocupando territórios que antes nos impediram de entrar, como por exemplo nas escolas e a própria academia de Letras (ABL). Hoje temos o Ailton Krenak como o primeiro escritor indígena Imortal. Então, sim, temos público para nossa literatura indígena. Na verdade, sempre tivemos, mas ela não era contada por nós, pois Iracema de José de Alencar, Juca Pirama de Gonçalves Dias, Macunaíma de Mário de Andrade, são exemplos disso. Mas quem tiver curiosidade a esse respeito pode ir pesquisar. Deixarei para os universitários de Letras essa dica. O Zezeu: Como você avalia o cenário atual da literatura indígena no Brasil? Quais são os principais desafios e oportunidades que os escritores e escritoras indígenas enfrentam? Cláudia Flor D'Maria: Hoje considero o cenário para literatura indígena um solo fértil e promissor. Entretanto, o maior desafio a ser enfrentado é o mercado editorial. Hoje somos poucos escritores indígenas a ter uma editora, que nos possibilite publicar nossas obras e assim entrar no mercado e concorrer com grandes editoras. Mas como disse: somos Resistência, não desistimos da vida e de nossos saberes. Quanto às oportunidades, creio que a maior parte delas está nas redes sociais, e nos eventos literários que ocorrem no Basil e no exterior, sejam eles on-line ou presencial. Outras oportunidades que não podemos perder são os editais que promovem a literatura, temos que inscrever nossos projetos nesses editais. Portanto, fiquem atentos a tudo isso. Sou grata à Deus e, claro, aos meus caruanas por poder fazer da minha escrita a voz dos mundos que caminho. O Zezeu: Quais são os seus projetos literários futuros? Você pretende publicar um livro solo ou participar de outras coletâneas? Cláudia Flor D'Maria: Estou com um livro solo em andamento que será lançado em junho de 2024. Ele será voltado para o público infantil. Ele pertence ao gênero textual poesia. Não posso dar maiores detalhes por questões contratuais. Mas está ficando lindo! O que posso falar é que será lançando em São Paulo por uma das grandes editoras do país. Estou com 3 livros solos em andamento, 2 deles para o público infantil, um poema e outro um conto, e o terceiro para o público adulto que também é de poesia. Vamos decidir com a editora o melhor momento para publicação dos outros dois. Mas, recentemente, publiquei mais uma coletânea com minhas parentas Amada Simpatia, Eva Potiguara, Lúcia Tucuju, Nôra Pimentel e Vanessa Guarani. É um livro de contos infantis, que foram inspirados na nossa cosmologia e também no nosso bem viver com a mãe terra: Contos Indígenas de Pindorama, pela editora  Amare. O Zezeu: Quais são os seus autores e autoras indígenas favoritos e que você recomenda para quem quer conhecer mais sobre a literatura indígena no Brasil? Cláudia Flor D'Maria: Minha maior inspiração e exemplo de literatura são duas mulheres fantásticas, e que são as responsáveis por eu ter gosto pela literatura: Minha avó, Maria e minha mãe, Alaíde. Quando elas contavam as narrativas e falavam poemas para mim eu ficava fascinada, "mundiada". Minha avó, hoje tem 110 anos e continua me ensinando a ser forte. Ela já não fala mais os poemas e a as histórias. A escola me ensinou a escrever literatura como técnica da escrita, mas em casa eu aprendi  literatura na sua fonte, na oralidade. Assim, minha avó e a minha mãe foram as minhas primeiras sábias. Depois conheci outros sábios da literatura e da vida: Cacique Raoni, Davi Kopenawa, Ailton Krenak, Daniel Munduruku, Márcia Kambeba, Eliane Potiguara, Eva Potiguara, Lúcia Tucuju, Márcia Mura e Sony Fernseher. Entretanto, é importante ressaltar que também bebo na fonte de Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira,  José de Alencar, Machado de Assis, Cecilia Meireles, Fernando Pessoa, Fernando Canto, Alcinéia Cavalcante, Manuel Bispo, Paulo Tarso, Carla Nobre, Joãozinho Gomes, Zé Miguel e muitos outros. O Zezeu: Por fim, qual é a mensagem que você gostaria de deixar para os leitores e leitoras do livro "Álbum Biográfico Guerreiras da Ancestralidade"? Cláudia Flor D'Maria: Permitam-se escutar os nossos cantares e nossas narrativas. Ouçam as vozes de nosso povo indígena. Gratidão por nos permitirem fazer parte da jornada de vossas vidas. Poemas Baixe o Álbum aqui: https://drive.google.com/file/d/1FSSIIiUz9H9XEb4tDK2Yz7S_c_c4uNYC/view?usp=drivesdk Saiba mais: Conheça um pouco mais da escritora Cláudia Flor D'Maria. Acesse: https://www.ozezeu.com/cl%C3%A1udia-almeida Links: https://instagram.com/claudia__flordmaria?igshid=NGVhN2U2NjQ0Yg== https://instagram.com/mulheriodasletrasindigenas?igshid=NGVhN2U2NjQ0Yg==

  • Poeta Amapaense Tropicalista em Feira de Livro internacional do Caribe

    A partir desta terça-feira, 21, até a sexta-feira, 24, acontece a 6ª Feira Internacional do Livro de Escritores de São Pedro do Macorís-República Dominicana. Escritores e poetas de vários países do mundo, sobretudo da América Latina, participam do evento literário como convidados. Do Brasil, mais precisamente do Amapá, está o poeta e compositor tropicalista Aroldo Pedrosa, que enviou vídeo à Feira Internacional apresentando o poema minimalista autoral SAN-HÃ.

  • Saindo do forno!

    Acaba de ser anunciada a pré-venda do livro Imagens de Coragem (Patuá; 2023). A coletânea de contos é organizada pela escritora, jornalista e produtora de conteúdo Isabella de Andrade e pela também escritora e jornalista Tatiana Lazzarotto e reúne textos de mais de 40 autoras de todo o Brasil sobre as diversas visões sobre a coragem a partir de seus corpos, de suas vivências, dos seus jeitos de estarem no mundo. "O projeto foi criado para dar corpo a uma vontade grande de ver mais escritoras contando suas histórias no mundo e, principalmente, para compartilhar o desejo de ler mais mulheres", afirmam as organizadoras no texto de apresentação do livro. Imagens de Coragem traz um pouco do que vem sendo produzido pelas mulheres brasileiras na cena literária contemporânea. E uma delas é a escritora paranaense radicada no Amapá Lulih Rojanski que nos apresenta na coletânea mais um texto inédito, o conto O Último Manifesto. Imagens de Coragem já tem data de lançamento oficial confirmada. Será nesta sexta-feira (24/11), às 18h, na Casa Gueto, um dos espaços literários da 21ª Festa Literária Internacional de Paraty - Flip 2023. Para quem estiver visitando a Flip, a Casa Gueto fica localizada na Rua Benedito Telmo Coupê (antiga Rua Fresca), n° 277, Centro Histórico, Paraty - RJ. Para quem não estiver na Flip, mas deseja garantir o seu exemplar, basta acessar a página de pré-venda da Editora Patuá: https://www.editorapatua.com.br/imagens-de-coragem-antologia-de-contos-org-isabella-de-andrade-e-tatiana-lazzarotto/p e adquirir a coletânea por apenas R$75 mais o frete.

  • Professora lança livro de poemas "Minha Essência"

    Ana Cristina Tracaioly é professora, licenciada em Letras Português, pela Universidade Federal do Amapá (Unifap); especialista em Metodologia do Ensino da Língua Portuguesa e Literatura pela Faculdade Internacional de Curitiba; mestra em Educação  pela Universidad de la Integración de las Américas - UNIDAS/PY; poeta; escritora e membro da ALIEAP (Associação Literária do Estado do Amapá). SEu segundo livro de poemas, Minha Essência, será lançado hoje (18/11), às 19h, na casa Rubi Eventos (Beira Rio, 1388, próximo ao SESC Araxá. A entrada é franca.

  • Multiartista Augusto Oliveira lança "Poemetos - Curto poema curto"

    Num mundo cada vez mais acelerado, com pessoas se acostumando cada vez mais a textos curtos, a proposta de um livro de poemetos parece algo que vem bem a calhar. Mas engana-se quem acredita que um texto curto não tenha profundidade, ou um pequeno poema não seja permeado de alma, desejo, sentidos e lirismo. Um poemeto só é pequeno no tamanho e é isso que Augusto Oliveira vem mostrar em seu mais novo projeto de multiartista, o livro Poemetos - Curto poema curto (Uiclap; 2023), lançado nesta última quinta-feira (16/11) numa bela festa no Mercado Central de Macapá. O livro, como o próprio nome já informa é um apanhado de poemas curtos. Todos, com, no máximo, sete versos. "Poderiam ser oito ou nove versos? Sim, poderiam sim! Embora tenham uma relação com uma forma, não é a forma que dá sentido aos poemas e ao livro. Foi apenas um critério para justificar um punhado de poemas nessa obra", destaca Augusto na sinopse da obra. Poemetos - Curto poema curto está a venda no site da editora Uiclap, https://loja.uiclap.com/titulo/ua6726/, por apenas R$27,15 mais frete. Para saber mais sobre o autor, acesse: https://www.ozezeu.com/about-5-2

  • Atenção para a chamada do Prêmio José Saramago!

    Foi lançado hoje (16/11) o edital da 13ª edição do Prémio Literário José Saramago. Instituído para celebrar a contribuição do escritor português José Saramago (Prêmio Nobel de Literatura de 1998), esta premiação tem como objetivo ser um instrumento para a defesa da língua portuguesa, através do estímulo ao surgimento de jovens escritores. De acordo com o regulamento disponível em https://www.premiojosesaramago.pt/regulamento o Prêmio, instituído pela Fundação Círculo de Leitores com periodicidade bienal, destina-se a promover a divulgação da cultura e do património literário em língua portuguesa através do estímulo à criação literária e à dedicação à escrita por parte de jovens autores da lusofonia. O Prémio elege uma obra literária inédita no domínio da ficção, romance ou novela, com um mínimo de 200 mil caracteres com espaços, escrita em língua portuguesa, por escritor com idade não superior a 40 anos, de qualquer país da lusofonia. Nesta décima terceira edição, o Prémio distinguirá uma obra de um autor que, até a data de 8 de outubro de 2024, não tenha excedido a idade limite de 40 anos. A obra vencedora será publicada e distribuída em todos os países da lusofonia. Em Portugal, será publicada pelo Grupo Porto Editora, e, no Brasil, pela Globo Livros, sendo que a edição portuguesa será também distribuída e comercializada em todos os países da lusofonia, com exceção do Brasil. Adicionalmente, será atribuído ao autor da obra um prêmio em dinheiro no valor de € 40 000,00 (quarenta mil euros), que será tratado como rendimento de propriedade intelectual. Esta é uma ótima oportunidade para os jovens escritores que desejam ver suas obras publicadas e inseridas no mercado internacional. Acesse o site https://www.premiojosesaramago.pt/ e acompanhe todos os detalhes. As inscrições são gratuitas e vão até o dia 15 de maio de 2024.

  • Escritora Lulih Rojanski na 21ª Flip

    A escritora paranaense radicada no Amapá Lulih Rojanski, que lançou recentemente, em setembro, o seu primeiro romance, Feras Soltas (Patuá;2023), fará parte da programação da Casa Gueto, espaço organizado pela Editora Patuá (SP) dentro da 21ª Festa Literária Internacional de Paraty - Flip, que acontecerá entre os próximos dias 22 a 26 de novembro em Paraty, cidade histórica e declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco (2019), localizada no litoral sul do estado do Rio de Janeiro. Lulih participará da programação de lançamentos e manhã de autógrafos na sexta-feira (24/11), às 10h da manhã. A programação é parte das atividades da Casa Gueto, numa realização da Editora Patuá. Durante toda a Flip as centenas de editoras expõem as obras de seus autores e esta será a primeira vez que Lulih Rojanski é convidada. "É realmente muito gratificante participar deste que é um dos eventos mais importantes do país e tendo a oportunidade de mostrar o meu romance de estreia, Feras Soltas, que foi editado pela Patuá, uma editora premiada e que se encontra em grande momento de expansão. É mais uma oportunidade também de mostrar aquilo que eu já venho insistindo em dizer há algum tempo: Não se trata de divulgar uma literatura amapaense, segregada do resto do país. Estou indo mostrar uma literatura brasileira de qualidade produzida no Amapá", salientou a escritora.

  • Prêmio Paraná de Literatura

    Prêmio de R$ 30 mil mais obra publicada pela Biblioteca Pública, com tiragem de mil exemplares. Até o dia 10 de novembro, autores de contos, poemas, romances e literatura infantil poderão se inscrever para concorrer ao PRÊMIO PARANÁ DE LITERATURA 2023, promovido pela Biblioteca Pública do Paraná (Governo do Estado do Paraná / Secretaria de Estado da Cultura). O Concurso tem por objeto a seleção de livros inéditos, escritos em língua portuguesa, que não tenham sido objeto de qualquer tipo de apresentação, veiculação ou publicação parcial ou integral (inclusive em sites, blogs e redes sociais da internet) antes da inscrição no Concurso até a divulgação do resultado e entrega dos prêmios aos vencedores. Segundo o edital publicado em setembro, o ineditismo se justifica, pois a SEEC irá, além da entrega dos prêmios, realizar a publicação dos livros e distribuição para bibliotecas públicas, como um estímulo à produção literária original, inédita e que venha a despontar novos autores e obras. Autores podem se inscrever nas categorias Romance; Conto; Poesia e Infantil até às 18h00 de 10 de novembro de 2023, horário oficial de Brasília (GMT -3). Poderão inscrever-se brasileiros natos ou naturalizados, maiores de dezoito anos. Cada autor poderá participar com apenas uma obra em cada categoria, devendo fazer uma inscrição para cada categoria, com pseudônimos distintos. As inscrições são gratuitas, exclusivamente por meio digital, através do Sistema SIC.Cultura no endereço www.sic.cultura.pr.gov.br. O participante deverá, obrigatoriamente, integrar o Cadastro de Agentes Culturais do Estado do Paraná, realizando seu cadastro no endereço www.sic.cultura.pr.gov.br. Acesse o edital na íntegra em: chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://www.bpp.pr.gov.br/sites/biblioteca/arquivos_restritos/files/documento/2023-09/edital_premio_parana_de_literatura.pdf

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