Censura e Preconceito na Literatura Brasileira: Uma conversa franca com Airton Souza
A literatura, como expressão artística, é um reflexo da sociedade e um meio de questionar e desafiar normas estabelecidas. No entanto, a censura e o preconceito têm ameaçado a liberdade criativa dos autores brasileiros, colocando em risco a soberania democrática.
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Recentemente, os escritores Airton Souza e Jeferson Tenório enfrentaram atos de censura relacionados a seus livros. As obras, que abordam temas como homossexualidade e racismo, foram criticadas e censuradas, levantando questões sobre a liberdade de expressão na literatura brasileira.
O Zezeu conversou com exclusividade com o escritor, historiador e linguista Airton Souza, vencedor de 120 prêmios literários e autor de 47 livros, incluindo seu mais recente romance Outono de carne estranha, vencedor do Prêmio SESC 2023.
Silvio Carneiro
Na história da literatura universal, diversas obras foram censuradas por diferentes motivos. O banquete, de Platão, foi colocado no Index Librorum Prohibitorum (Índice dos Livros Proibidos) pela Igreja Católica, em 1591; 1984, de George Orwell, foi proibido em diversos países por criticar regimes autoritários; Salman Rushdie, por causa de Os versos satânicos, foi alvo de uma fatwa (condenação à pena de morte islâmica) emitida pelo Aiatolá Khomeine em 1981. Nem Harry Potter, de J.K. Rowling, escapou: toda a saga foi banida das escolas privadas nos Emirados Árabes Unidos por conter temas de bruxaria.
Na literatura brasileira, a censura também foi uma realidade, especialmente durante a ditadura militar. Cassandra Rios, autora de livros eróticos, foi a escritora mais censurada pela ditadura militar brasileira. Alguns dos livros censurados da autora foram Eu sou uma lésbica e Veneno. Dias Gomes, com Roque Santeiro, teve sua adaptação para novela na Rede Globo censurada em 1975. Nelson Rodrigues — um dos casos mais conhecidos — foi um dos primeiros autores a ser censurado durante o regime, ainda em 1966, pelo livro O Casamento. Rubem Fonseca foi censurado com seu romance Feliz Ano Novo, em 1975.
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E esses são apenas alguns poucos exemplos de obras e autores que enfrentaram a censura. A partir de 1988, a Constituição “Cidadã”, ficou assim conhecida por estabelecer a liberdade de expressão como um direito fundamental e a censura de livros sendo, portanto, uma violação desse direito. Porém, o conservadorismo reacionário tem dado as caras por aqui novamente, seguindo uma tendência mundial de ascendência das direitas radicais. Com isso, temas importantes que dizem respeito às minorias sociais e seus direitos — inclusive de terem voz —vêm sofrendo perseguição e censura em diversos contextos.
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Recentemente, dois casos chamam à atenção: O livro O avesso da pele, de Jeferson Tenório, publicado pela Companhia das Letras e vencedor do Prêmio Jabuti 2021 gerou polêmica com, pelo menos, quatro anos de atraso, após uma diretora escolar solicitar o recolhimento dos exemplares distribuídos aos alunos do ensino médio, alegando inadequação do conteúdo. A situação viralizou nas redes sociais, levando a uma onda de desinformação e à remoção do livro em várias escolas. Contrariando as críticas, Tenório recebeu apoio de várias entidades literárias e mais de 250 escritores. O livro, que aborda racismo, violência policial e a morte de pessoas negras, foi defendido como uma obra importante para discussões em sala de aula. Tenório, em entrevista à TV Brasil, explicou que o livro apresenta cenas e frases que refletem como as pessoas negras são vistas e tratadas na sociedade, o que pode causar desconforto. O livro está incluído no Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD), que segue um rigoroso processo de avaliação técnica e editorial. Após a seleção federal, os professores escolhem os títulos que desejam receber.
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O segundo caso é o do nosso entrevistado Airton Souza. Na noite de cerimônia de entrega do Prêmio SESC, na cidade de Paraty (RJ), durante a Festa Literária Internacional da cidade, os vencedores foram convidados a ler um trecho de suas obras. Airton foi o primeiro. Demonstrando uma certa apreensão, ele improvisa um pequeno discurso desajeitado e se põe a ler: “Quanto mais socava a pica no cu de Zuza, mais Manel escutava o barulho das picaretas. Dos enxadecos. Das mãos repletas de calos. Das velhas enxadas enferrujadas. Dos pedaços de paus”… ao fim da leitura, era visível a empolgação da maioria da plateia. Mas o problema estava numa mínima, porém importante fração do público presente: a diretoria do SESC.
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“Eu tinha um receio diante de toda a politicagem que existe no Brasil, por conta dessa ideia conservadora que tomou de conta o país nos últimos anos, e dessa coragem que os conservadores tiveram em fazer ataques, sobretudo às várias modalidades de arte que existem no Brasil. Então o receio também tinha a ver com isso, com o processo de politicagem que existe em torno do pensamento de esquerda e direita; com essa ideia de uma ideologia que prima por destruir a família, sem levar em consideração outros tipos de família, por exemplo”, explica Airton. “O meu receio estava também nessa situação de provocar as pessoas que estavam ali, com seus ideais políticos, suas ideologias políticas. Esse certo desconforto que não deveria acontecer, já que nós estamos num país que é multicultural, plural, diverso, e a ideia seria que essa diversidade fosse, sobretudo, respeitada”, conclui o escritor.
Após a premiação, o criador intelectual do Prêmio Sesc e ex-analista de literatura, Henrique Rodrigues foi demitido. Além disso, uma circular foi expedida pela direção geral para todas as unidades regionais da instituição informando sobre “conteúdo sensível” do livro Outono de carne estranha, de Airton e ainda que o livro poderia "ativar gatilhos emocionais e psíquicos" e que deveria haver trabalho específico de mediação nas sessões de leitura pública do mesmo. Finalmente, o Grupo Editorial Record, parceiro do SESC e responsável pela edição, publicação e venda dos livros vencedores do prêmio ameaçou o fim da parceria se a instituição insistir em práticas de censura como, por exemplo, a possível criação de uma instância de avaliação interna dos livros posterior à avaliação dos jurados.
O Zezeu: Como você se sentiu quando soube que seu livro foi censurado no Prêmio Sesc de Literatura?
Airton Souza: A primeira coisa que se sente diante de uma notícia dessa é um espanto. É de não acreditar que esses ataques ou esses projetos de censura se deem justamente numa conjuntura a partir do próprio SESC. Então eu fiquei muito espantado em saber que, internamente, o livro estava sofrendo esse processo de retaliação. Mas eu confesso que eu fiquei espantado e ao mesmo tempo também triste, porque nós sabemos da importância do SESC no Brasil, da sua atividade ligada à cultura, sobretudo, o incentivo à cultura e a promoção da cultura. E ver o SESC atacando um livro que ele ajudou a surgir através do Prêmio SESC foi muito triste, foi uma situação constrangedora e que me deixou muito assustado, porque me parece que ataques como esse — que não são apenas do meu livro — eles vão surgindo da maneira mais ruim e é provável que esses ataques aumentem nos próximos anos. E isso é o que nos deixa preocupados.
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OZ: A nossa revista esteve na Flip 2023, que teve como homenageada a escritora Pagu. Foi considerada uma das Flip mais inclusivas de todos os tempos, trazendo debates importantes. No entanto, a gente vê uma aberração dessa acontecer justamente nesta Flip. Você acredita que a cena lida durante a Festa, no Sesc, foi a principal causa da censura? Por quê?AS: Bem, a cena sim. Eu acredito que sim. A leitura da cena causou incômodo em uma parte da direção do Sesc. A cena são dois garimpeiros transando dentro de um barraco, à noite no garimpo, como um modelo de resistência e de amor, num lugar que era proibida a presença de homossexuais. Então a leitura causou muito incômodo,
"A cena de um livro de dois homens transando não deveria espantar ninguém. Porque é uma cena que se passa no cotidiano da vida... Você tem ali uma cena de dois garimpeiros transando, mas o livro não se resume a isso. É isso que é preocupante!"
sobretudo, por um momento político que o Brasil atravessa, com um certo domínio do conservadorismo, desses discursos que tentam, de qualquer forma, silenciar aquilo que eles mesmos (esses discursos conservadores) chamam de minoria. Então eu acho que a cena causa incômodo por conta disso, por conta desses projetos de ideia conservadora, de um certo moralismo que, no fundo, é um falso moralismo que se tem ali. Porque a cena de um livro de dois homens transando ou fazendo amor, como quer que seja, não deveria espantar ninguém. Porque é uma cena que se passa no cotidiano da vida, no estado brasileiro. E existem muitos casais homoafetivos que vivem as suas vidas e vivem muito felizes! Então deveriam ser cenas que deveriam ser mais compreendidas e menos excluídas. Por isso que eu acho que a cena incomodou. Por conta desse ideal conservador, de proteger uma família, desse debate mais central em torno de uma certa moralidade, mas que, no fundo, é dotado de uma falsa moralidade. A verdade é essa. Você tem ali uma cena de dois garimpeiros transando, mas o livro não se resume a isso. É isso que é preocupante! Porque o projeto do livro, o seu enredo, a sua contextualização, se dá num projeto mais amplo do que propriamente essa relação homoafetiva. É um projeto de denúncia do que aconteceu na região do sudeste do Pará, através do garimpo de Serra Pelara, incluindo o processo de migração, incluindo a ditadura militar, incluindo todas as barbáries que foram feitas no garimpo, promovido pelo Estado brasileiro, através de um representante que foi mandado pra lá como interventor. Então eu acho que o Outono de carne estranha representa isso, um olhar para aquilo que a história não quer contar. A história de um Brasil esquecido. Por isso que, provavelmente, também isso cause um certo espanto nas pessoas que tentam resumir ou tentam, de alguma forma, estereotipar a obra a partir dessa relação de um ato sexual. O que é inconcebível! Porque o certo seria ler a obra e tentar compreender o que ela está dizendo dentro de um projeto mais macro da história brasileira, a partir de uma história micro que não é contada. Eu acho que isso que seria interessante nós ressaltarmos, enfatizarmos. Por isso a importância de ler! Aí você vê a censura sendo feita, principalmente, por pessoas que não são leitores e isso é que nos incomoda.
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Aí você vê a censura sendo feita, principalmente, por pessoas que não são leitores e isso é que nos incomoda.
OZ: Como você acha que a censura afeta a liberdade criativa dos autores?
AS: A censura afeta a questão da escrita ou dessa liberdade criativa a partir desse momento que ela implica como um processo de medo. Porque você fica com medo de ir adiante; de contar outras histórias; de subverter esses processos que estão aí colocados como verdade ou questionar, colocar aquilo que o Homi Bhabha chama de “interrogar”, interrogar essas verdades que estão colocadas. A literatura serve para isso, só que quando você tem um processo censor tentando entrar em cena, é provável que os autores, as autoras censuradas ficam com medo de escrever, ficam meio retraídos até onde pode ir com sua escrita, com seu trabalho estético, com seu trabalho ético, político. Eu mesmo estou escrevendo um outro romance, também sobre um episódio histórico da região do sudeste do Pará, mas agora passo a me perguntar se valeria a pena continuar essa história, continuar tentando contar essa história, porque a censura é isso, é um projeto que tenta de algum modo silenciar esses projetos de escrita que abrem feridas, feridas que não foram saladas. E Outono de carne estranha é isso. Ele é um projeto de livro que abre algumas feridas no Brasil que não foram curadas pela própria história brasileira. Que, de algum modo, foi esquecido, estereotipado de propósito, porque é o Estado brasileiro que vai promover essas violências que estão dentro do romance.
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OZ: Muitas notícias que têm saído sobre esse caso de censura do seu livro vêm tratando (ou rotulando) Outono de carne estranha como um livro LGBT — coisa que você já deixou claro aqui anteriormente que não é. Você se declara como um homem heterossexual e diz que não é um militante da causa, mas que respeita e considera importante a representatividade LGBTQIAPN+ na literatura brasileira. Você pode falar um pouco sobre isso pra quem ainda não entendeu (ou não quis entender)?
AS: A importância da representatividade LGBTQIAPN+, na literatura brasileira, é nós termos histórias que não foram contadas, ou histórias que são contadas dentro de cubículos, de quartos, de ruas escuras, mas que são histórias que fazem parte da vida, que são principalmente os modos de violência que esse grupo sofre. Mas além disso, a beleza que tem por trás das narrativas que envolvem relações afetivas, por exemplo, que têm a ver com amor, amizade, esperança, sonhos, então eu acho que a literatura brasileira tem uma certa dívida, digamos, com os autores e as autoras que escrevem literatura LGBTQIAPN+, por conta disso. Porque eles precisam ser lidos. Nós precisamos fazer o movimento daquilo que o Drummond vai chamar de “romper o asfalto”, eu acho que a literatura LGBTQIAPN+ é aquela flor que rompe o asfalto e que nos abre os olhos para histórias que precisam ser contadas, precisam ser lidas. Ela é importante no cenário da literatura brasileira por conta disso. Porque aí você vai ter todo um processo histórico que foi silenciado até aqui, agora entrando em cena, podendo contar a sua história, as suas experiências de vida, de amor, de tristeza, de dor, de felicidade, de esperança, de sonhos, então por isso que elas são de extrema importância.
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OZ: Como você acha que a literatura pode combater o preconceito e a homofobia?
AS: Eu sempre penso que a literatura, pelo menos para mim, primeiro ela é um modo de vingança. Tenho a escrita como um processo de vingança, para vingar aquilo que não pode ser contado, aquilo que foi silenciado. Então, nesse sentido, ela é também um projeto estético que nos ajuda primeiro a repensar o mundo ou aprofundar o olhar a esse mundo. É você aprofundar o seu olhar desse mundo, dentro de cenas que você vê mas não quer ver, ou finge não ver. Por isso que ela serve, entre outras coisas também, para trazer à tona debates sobre sexualidade, sobre homofobia, sobre o racismo, sobre a questão da criminalidade. Ela é importante por conta desse aprofundar, desse olhar de realidades que estão aí, sobretudo, na política, na economia, na cultura brasileira, nos processos identitários do Brasil. E ela abre para essa perspectiva de você refletir sobre temas que são sensíveis, mas que precisam ser contados, precisam ser lidos, para que a gente possa olhar para o mundo de outras maneiras. E, olhando o mundo de outra maneira, nós vamos, aos poucos, rompendo os círculos de violências que existem, ou os modos de violência que existe nesse país há mais de 500 anos —o machismo, o patriarcado, os modos de violência contra as mulheres, os povos originários, os jovens pretos dos bairros periféricos, das favelas.
"Tenho a escrita como um processo de vingança, para vingar aquilo que não pode ser contado, aquilo que foi silenciado. Então, nesse sentido, ela é também um projeto estético que nos ajuda primeiro a repensar o mundo ou aprofundar o olhar a esse mundo"
“Eu não queria que a minha história de 24 anos ligada ao livro, à leitura e à literatura se resumisse a isso. Eu não queria que o romance Outono de carne estranha ficasse conhecido por meio de uma polêmica como essa. Eu queria que ele fosse lido e que não alcançasse esse nível de debate”
Logo após a polêmica em torno da retirada de O avesso da pele das escolas no Paraná, a Companhia das Letras anunciou um aumento de 1.400% nas vendas do livro. Fazendo com que um livro lançado quatro anos atrás experimentasse uma nova onda de sucesso.
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No caso de Outono de carne estranha, lançado pela Record no ano passado, Airton Souza não tem dados sobre o amento nas vendas. Mas isso é algo que incomoda o autor.
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“Eu não queria que a minha história de 24 anos ligada ao livro, à leitura e à literatura se resumisse a isso. Eu não queria que o romance Outono de carne estranha ficasse conhecido por meio de uma polêmica como essa. Eu queria que ele fosse lido e que não alcançasse esse nível de debate”, declara Airton. “Eu penso que a questão das vendas, de certa forma, desperta uma atenção para o livro (ou um tensionamento) que não é o que a gente espera de um trabalho feito a partir da literatura. Porque, senão, a gente poderia criar situações em que outros livros sofressem o mesmo revés para tentar alavancar as vendas — inclusive, isso é muito fácil de ser criado de uma perspectiva de você pagar um grupo de pessoas para fazer os ataques aos livros, por exemplo, e gerar esse tipo de polêmica para gerar esse resultado mais comercial — mas a minha preocupação é justamente essa. Essa ideia de dar visibilidade para livros a partir de polêmicas como essa não favorece de nenhum modo a produção literária do país”, reflete o escritor.
Outro efeito prejudicial do preconceito é com relação ao lado emocional dos envolvidos. “Eu mesmo estou com algumas noites sem conseguir dormir direito. Eu não consegui voltar à escrita da minha tese de doutorado. Eu não consegui escrever mais nenhuma linha do meu romance que eu estou escrevendo”, afirma. “Há um problema que envolve não só a venda do livro, mas um problema que envolve o emocional das pessoas que se envolvem em situações como essa, que desfavorece de algum modo a literatura como um todo. Por isso que eu me preocupo. Não queria que o livro ganhasse notoriedade a partir dessa situação. Isso não é uma boa. Não é um bom caminho para a gente formar leitores no país. Não seria esse o caminho de formação de leitores que é o que, no fundo, no fundo, os autores e autoras que escrevem literatura no Brasil querem”, conclui.
A literatura é um espelho da sociedade, um espaço onde diferentes perspectivas e experiências humanas são exploradas e expressas. Ela nos permite viajar para lugares distantes, experimentar culturas diferentes e entender profundamente a condição humana. No entanto, para que a literatura cumpra seu papel, é essencial que os autores tenham liberdade criativa.
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A liberdade criativa dos autores é a pedra angular da literatura. É o que permite aos autores explorar ideias novas e desafiadoras, questionar normas sociais e expressar suas visões únicas do mundo. Sem essa liberdade, a literatura se torna estéril e monótona, privada de sua capacidade de provocar pensamentos e emoções.
No entanto, essa liberdade criativa está sob constante ameaça de censura e preconceito. Autores que ousam desafiar o status quo ou expressar ideias controversas são frequentemente silenciados ou marginalizados. Isso é prejudicial não apenas para os autores, mas também para a sociedade como um todo. A censura limita nossa capacidade de entender e aprender com perspectivas diferentes, enquanto o preconceito nos impede de apreciar a diversidade da experiência humana.
É aqui que a soberania democrática entra em cena. Em uma democracia, a liberdade de expressão é um direito fundamental. Isso inclui a liberdade dos autores de expressar suas ideias e visões do mundo através de sua escrita. A democracia garante que todas as vozes sejam ouvidas, não apenas as que concordam com a maioria.
Portanto, é crucial que apoiemos os autores cujas vozes estão sendo silenciadas. Podemos fazer isso lendo e compartilhando suas obras, participando de discussões sobre liberdade de expressão na literatura e defendendo seus direitos de expressar suas ideias livremente.
A literatura é um espaço de liberdade, um espaço onde todas as vozes têm o direito de ser ouvidas. Vamos proteger essa liberdade, para o bem dos autores e para o bem da sociedade. Afinal, uma sociedade que valoriza a liberdade criativa é uma sociedade que valoriza a diversidade, a aprendizagem e o crescimento. E esses são os valores que devemos defender.