O Projeto Arte da Palavra do SESC tem uma missão ousada: estimular a formação de leitores e a divulgação de novos autores, enquanto valoriza a riqueza e a diversidade da literatura brasileira em todas as suas formas. E uma das protagonistas desse cenário é a escritora amapaense Negra Aurea, cuja voz e obra estão ganhando destaque nas viagens do Circuito de Autores pelo país.
O Circuito de Autores, parte integrante do Projeto Arte da Palavra, busca dar visibilidade a uma multiplicidade de vozes literárias brasileiras, muitas das quais permanecem desconhecidas fora de suas regiões de atuação. É nesse contexto que Negra Aurea emerge, representando não apenas sua própria obra, mas também toda uma vertente literária que ganha vida nas margens do Rio Amazonas.
Em uma entrevista rápida concedida ao Zezeu, Negra Aurea compartilha, entre uma viagem e outra, sua experiência como única escritora selecionada do Amapá para participar desse circuito nacional. Ela ressalta a importância de tirar autores do anonimato, levando sua literatura para além das fronteiras do estado nortista. Para ela, o intercâmbio proporcionado pelo Circuito de Autores é uma oportunidade não apenas de compartilhar sua própria narrativa, mas também de enriquecer-se com as experiências e perspectivas de outros escritores de diferentes localidades. "A gente está levando, com muito carinho, essa literatura brasileira para todo o Brasil. Eu estou muito feliz por essa indicação. É um prazer maravilhoso poder levar essa literatura daqui para outros cantos", festejou a escritora.
Desde abril, Negra Aurea tem percorrido o Brasil, iniciando suas viagens pelo estado de Minas Gerais, mais precisamente na cidade de Almenara. Sua próxima parada está marcada para o estado do Rio de Janeiro, onde visitará três cidades. "Essas viagens não são apenas eventos isolados; são etapas de um processo contínuo de diálogo cultural, que se estenderá também para a Bahia, em julho e para Mato Grosso do Sul, em agosto", explica Aurea.
A presença de Negra Aurea em diferentes regiões do país amplia o alcance de sua própria obra, mas também destaca a riqueza literária e cultural do Amapá, muitas vezes negligenciada nos círculos literários nacionais. Seu envolvimento no Circuito de Autores é uma oportunidade, tanto de promoção pessoal, como um ato de representatividade e celebração da diversidade cultural brasileira.
Além de participar das mesas de debates e visitas a escolas, Negra Aurea também está aproveitando o Circuito de Autores para enriquecer seu próprio repertório literário, absorvendo novas ideias e perspectivas que certamente influenciarão sua escrita futura. E, à medida que ela compartilha sua obra e suas experiências, contribui para a formação de leitores e para a construção de uma rede mais conectada e inclusiva de escritores brasileiros. "É assim, a ideia é tirar os autores, escritores do anonimato. É mostrar para a população de outros estados os autores que são desconhecidos, que têm menos interação. A ideia é socializar, é fazer com que essa literatura possa transitar mais para outros lugares. E, claro, a visibilidade é grande, né? O que acaba indo além do que a gente pode imaginar", destaca Negra Aurea.
A presença de Negra Aurea no Circuito de Autores do Projeto Arte da Palavra do SESC fortalece sua posição como autora e abre portas para uma nova compreensão e apreciação da literatura brasileira em toda a sua diversidade. Em cada parada, ela leva consigo as histórias do Amapá e vai abrindo novos capítulos de diálogo e descoberta literária em todo o país.
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