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Cavalo selvagem dos trópicos*

Aroldo Pedrosa

Para o poeta roraimense-macunaima Eliakin Rufino. Do aprendiz dos trópicos do meio do mundo...

 

Cavalga livre pelo campo, pela relva, pelo cerrado
O cavalo selvagem do poeta Eliakin Rufino 
Pela margem do rio Branco
De onde de Boa Vista se avista ao longe
O menino curumim Yanomami
O poema em versos francos
Pelos prados e barrancos
No galope do cavalo selvagem 
Beirando a terceira margem do rio
No estalo do casco do alazão dos trópicos
Relincha a égua exuberante no cio
Reluz a crina de luz
E os cabelos cor de ébano da nação Yanomami
Macunaíma do Brasil tupiniquim
Pela imensidão das terras de Pindorama
Na linguagem livre do poeta que declama...

"Eu sou cavalo selvagem
Meu pasto é o campo sem fim
Para mim não existe cerca
Sigo somente o capim!"

*Letra de música homônima para o projeto A Arca de Noé de Vinicius de Moraes no Rio Amazonas.

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